28.2.15

A minha vida ainda agora começou.
É esta a sensação que transporto todos os dias desde que sei que rego uma semente no meu cofre. Como o meu Ele graúdo me diz.
O que vivi antes disto foi bom. Sentia-me bem na minha pele. Sempre senti. Mas, agora, mesmo redonda, mesmo que a pouca roupa se encaixe em mim, sinto-me (mais) mulher. Como se agora o verdadeiro sentido da vida tivesse florescido. Agora quero experimentar receitas de doces para dar a provar à família e mentalizo-me das típicas noites quando um bebé nasce e tudo estranha à sua volta. Lavo a louça, aspiro, faço a cama. E, gosto. Estou a tornar-me (mais) mulher. Penso no que irei transmitir e que serei uma boa mãe. Que tentarei ao máximo ensinar ao meu Ele pequeno que um menino pode usar cor-de-rosa. 

# Coisas do Mundo Azul








Acabadas de chegar ao armário.

Eu & Eles

Introdução.
Parece fácil mas não é.
(Eu) tenho suavemente à muito tempo um graúdo chamado José Alberto. Escrevo que o tenho mas no fundo só quero dizer que gosto dele e que o meu gostar é tão grande que não me cabe na palma das minhas mãos juntas mas que o meu gostar é tão delicado como a pele das palmas da minha mão. 
(Eles) também me têm a mim. O pequeno Ele cresce no meu ventre. Uns dias mais sossegado, outros dias a treinar sapateado. Irá chamar-se André como o A que é a primeira vogal de dois importantes sentimentos: Amor & Amizade. E, porque o A é a uma primeira vogal de um dos nomes do meu graúdo.
O meu Mundo tornou-se azul à vinte e seis semanas. Segundo fontes só faltam noventa e oito pequenos dias. São pequenos porque passam tão rápido. Quase a correr. A cada semana é uma descoberta. Uma aventura. Mas, a maior certeza é que não existe uma palavra de descrição para tão grandioso momento.