23.4.15

Admiração

Estou rodeada de pessoas que me admiram. Nunca soube o que isto era e pessoalmente nunca admirei ninguém. Nunca fui um ser humano de apreciar pessoas mas, sim, pequenos momento, fotografias, recordações. A verdade é que admirar alguém vai muito aquém do que pensamos porque a admiração não poderá ser idolatração e não poderá passar primeiro por todos os outros sem passar primeiro pelos nossos. Nunca fui um ser humano de apreciar pessoas mas confesso que da mesma maneira que a partir de certos momentos da vida me começaram a admirar a mim comecei também a admirar quem me gosta. Comecei a entender que terei pessoas para sempre comigo independentemente das minhas escolhas basta provar que as minhas escolhas ainda que erradas são minhas. Ainda que certas também são minhas. Ainda que tudo ou que nada são minhas. E, para surpresa minha quem passei a admirar não são as pessoas a quem sempre chamei de amigos porque esses evaporam-se e, eu, nunca senti falta deles. As pessoas que passei a admirar fazem parte da minha família. Nunca senti isto e agora sinto: olho para minha mãe e as minhas veias enchem-se de orgulho. E, por segundos, sinto vergonha daquilo que me fiz sentir à uns anos atrás. Este texto pode estar confuso - assim como todos os outros que escrevo aqui - mas a verdade é que para mim faz todo o sentido. Tanto sentido...

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